quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Eu não desisti.


Não desisti de mim por ninguém.
Não desisti de ser feliz por uma meia dúzia que quer me ver chorar.
Não desisti de escreve por alguns que odeiam meus bilhetes.
Não desisti de viver pra agradar uma maioria.
Sou idiota, falante, brincalhona, se isso faz de mim criança, que seja.
Antes uma criança sorridente do que um adulto imbecil.
Uma criança que dá gargalhada, chora até ficar com os olhos inchados, mas se expressa, não tem vergonha dos seus sentimentos.
Ser um adulto frustrado, agora é moda.
Seja infeliz, tenha uma história de triste dura e deseje mal para os idiotas sorridentes.
Desculpa, sou uma fora da lei.
Usei minha história pra fazer algo a mais, pra poder virar algo bem mais doce.
Não uso desculpas pra nada.
Sou isso e pronto, e se não gostou, a porta está aberta e um beijo. :*

Larissa Ferreira

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sobre o amor e outras coisas ...



Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.
Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.
Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros, embora costumem ser justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.
É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.
Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.
Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.
Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.
Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.
Ana Jácomo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Diz ...



Eu pensei, repensei, criei, vivi, formatei e deletei milhões de expectativas, textos e demorei quase 20 anos pra aprender, que quem ama cuida, guarda, protege...
Demorei tempo demais e aprendi que casais perfeitos não combinam em tudo, não falam muito e nem brigam tanto.
Que intimidade, a gente ganha no olhar.
E gente que se ama, é assim mesmo, olha e diz, diz olhando... olhos dizem.
Então, a gente nem precisa falar muito, é só olhar.
A gente conversa tanto, diz tanta coisa, mas às vezes nenhuma palavra é pronunciada antes de beijar.

Larissa Ferreira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Morada


~
Faço de mim casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria
Me cerco de boas intenções
E amigos de nobres corações
Que sopram e abrem portões com chaves que não se copiam
Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante
Não julgar ninguém e com isso ser mais feliz
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo
Faço de mim, parte do segredo do universo
Junto a toda as outras coisas
As quais admiro e converso
Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não possuir
Encontram-se a paz e a calma
E sigo por ai viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros pra seguir ... 

Forfun - Morada

Meu mantra, de todos os dias ruins e que a calma não se faz presente. Me traz a paz e me da a intuição, me faz ouvir cada batida do meu coração.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

18 anos


Dizem que pra aprendermos algo temos que viver no mínimo, 40 anos. Eu acho que não, pra aprendermos algo temos que viver uma vida toda.
De qualquer forma, tenho feito minhas observações.
Em 18 anos aprendi, que não adianta, ninguém vai mudar por você, as pessoas mudam por amor, somente.
É muito mais fácil encontrar alguém que te odeie pelo seu jeito, do que alguém que te ame por isso.
Pessoas vão te amar e você vai magoa-las, e vice versa. É assim mesmo.
Somos seres humanos, e não faz sentido nos separarmos em raças.
Não adianta você implorar por amor, as pessoas só vão sentir pena de você.
Não adianta você querer um homem, você tem que pedir por companhia. Homem é muito fácil de achar.
Com 18 anos, você, de fato, ainda é uma criança.
Nunca cresça muito, mantenha a chama da inocência acessa em seu coração.
Se por um acaso, seu namorado for mais velho do que você, todos os amigos dele, vão te achar uma ninfetinha louca por sexo. rs
Deus existe, está em todos os lugares e você sente a sua presença em todos os momentos. O diabo também existe, e você querendo ou não, vai dar de cara com ele, às vezes.
Pessoas vão te derrubar, só pra se sentirem superiores a você.
E não importa, quantas e tantas vezes você pedir, o amor, só vai aparecer quando for a hora certa.
E não, não existe pessoa certa na hora errada, o que for pra ser, vai ser e acabou.
Homens vão mentir, não importa o quão maravilhosos sejam.
Pessoas que você ama, inevitavelmente, vão de machucar. Como você, elas também são feitas de carne e osso.
Uma festa com seus melhores amigos cai bem melhor do que uma balada com muitas pessoas desconhecidas.
Que pra você ser mulher, não precisa do salto mais alto, 20 quilos de maquiagem e nem muito brilho na roupa, você só tem que ser você.
Depois de curtos 18 anos aprendi, que você sempre vai agradar alguém e desagradar um monte. Mas que não importa quem você desagrada, mas quem te ama, esses sim, você deve dar valor, muito valor.

Larissa Ferreira