quinta-feira, 29 de março de 2012

Do que escrever



Acho que enfim eu consegui entender o que é ser escritora. Essa coisa de acordar as 7 horas da manhã, num dia frio, só porque a garganta tá doendo de não poder falar o que quer. É essa coisa de não conseguir guardar o que sente, e acho que ser escritora é bem isso mesmo.
Eu lutei com unhas e dentes pra não me transformar em uma, só ser mais uma menina que escreve bilhetes doces pros namoradinhos e amigas intimas, mas não é isso, é bem mais.
Porque escrever pra mim já não é alguns versinhos bobos e bonitinhos que rimem, é poder falar de sentimentos que eu ainda não sei explicar, é amar as palavras assim como se ama a chuva, mesmo que elas sumam às vezes.
Escrever é chupar uma bala doce quando tudo desmorona e você precisa lembrar de um jeito muito estranho de que a vida é 
doce também, porque sem doce, ela não valeria a pena. É comer um chocolate por pura carência e birra, de que "eu-não-preciso-dele-pra-ser-feliz", mas você é, sabe que é.
Escrever é bem assim, dizer meia dúzia de palavras e apagar tudo depois, porque publicar tem mais a ver com perfeição, e sentimentos tem que ser perfeitas incógnitas, mesmo que não sejam resolvidas depois.
Agora, depois de 5 anos escrevendo milhões de coisas, sobre todos os assuntos do mundo, 2 anos de blog, acho que peguei essa coisa de ESCREVER, de fantasiar alguns versos e não saber o que se está dizendo, porque é o que se sente e quantas pessoas sabem o que sentem ?
Essa é a grande brincadeira, você não sabe, ninguém sabe, cada um interpreta de um jeito e fica por isso mesmo, traçando linhas tortas e esperando fielmente, que um dia, tudo se cruze e faça sentido.

Larissa Ferreira

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu quis.




Eu te escrevi milhões de textos e nunca te enviei nenhum, ao contrário, escondi todos, como se fosse algo feio ou errado. Feio nunca foi, errado talvez, mas nunca maldoso. Não foi minha culpa, nunca foi. Mas se eu tivesse que me apaixonar de novo, certamente seria por você. O único que encantou meus olhos e meu coração, e eu nunca te esqueci completamente. E isso sim, foi um erro.
Quis te enviar cartas, telefonar e implorar pra você ficar por perto e olhar fundo nos meus olhos. Quis que enxergasse que o coração que pulsa por você estava dentro de mim, que o que te faltava era eu. Eu quis te dizer que tudo aquilo que passou foi disfarce, puro disfarce e o que eu sentia por você era tão mais intenso e imenso, e que nunca o que passou iria se comparar. Nada nesse mundo vai se comparar ao seu sorriso quando me viu pela primeira vez. Nunca vai se comparar ao nosso primeiro beijo, destranbelhado, embarasosso, curioso, delicioso. E eu só queria te dizer isso, que eu nunca esqueci, nem por um minuto que fosse, nunca esqueci tudo que você foi na minha vida inteira somente por alguns minutos.

Larissa Ferreira

sábado, 17 de março de 2012

Diva :*



Preciso admitir, sou anti-social. Muito irônica, um pouco grossa e de vez em quando meiga. Gosto do meu lado apaixonada, mas quase nunca aparece. E meu lado safada chega a me assustar, mas quem não tem? Protetora e ciumenta ao extremo. Tenho um gênio difícil e um temperamento forte. Às vezes barraqueira, outras vezes calma até demais. Dura como pedra e frágil como vidro. Um poço de orgulho. E mais conhecida como a rainha dos dramas. É, essa sou eu. E sabe de uma coisa? Ainda tem gente que gosta.

Desconheço a autoria.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sobre novembro ...



Eu não deveria ter deixado você ir, pouco importa se ainda era cedo demais, antes muito cedo, do que muito tarde. Eu já poderia prever todo o sofrimento que viria depois, porque só eu sei o quanto doeu. Só eu sei o quanto chorei e precisei respirar fundo pra não perder o ar. E quantas vezes eu o perdi.

Larissa Ferreira

domingo, 11 de março de 2012

Te proíbo da infelicidade ...


Então, venho por meio deste pequeno texto te proibir.
Te proíbo infelicidade. Proíbo tudo aquilo que te faça mal.
Te proíbo de cantar músicas tristes, ouvir sons irrelevantes.
Te proíbo de me esquecer.
Te proíbo de ouvir reggae sem lembrar do meu sorriso. Ou da forma que você me faz sentir.
Te proíbo de não pensar em coisas boas, e quero que sinta ciúmes de mim, às vezes.
Te proíbo silêncio quando deveria sorrir.
Te proíbo não sorrir.
Sorria, sorria sempre, sempre seja sorridente.
Seu sorriso ilumina todo esse mundo, e você nem sabe, mesmo que todo esse mundo, seja somente eu.
Mas eu te proíbo a tristeza, te proíbo as lágrimas e palavras mal-ditas !
Te proíbo de mal-humor nos dias indelicados.
E te proíbo palavrões quando se falar de seus amores.
Te proíbo de não pensar nos seus antigos amores, foram eles que te trouxeram até mim, pense neles também.
Te proíbo esquecer o significado que tens, que pra mim, ah, é muito, meu querido.
Te proíbo de esquecer que sua vida é além, muito além do que você pensa. E sim, você sempre vai ter uma grande oportunidade de crescer.
Mais e mais.
Te proíbo de esquecer que te amo, e sempre vai estar comigo.
Te proíbo a infelicidade do meu lado.

Larissa Ferreira

Minha criança, minha joia, minha vida, meu amor.  - Forfun

quarta-feira, 7 de março de 2012

Das minhas chaves ...


As chaves da minha vida estão por aí escondidas.
Estão em conversas alegres, sorrisos espontâneos e no meio de algum livro antigo.
Elas estão guardadas em cofres iluminados e em cima das macieiras mais bonitas.
Levei-as para bem distante do que amarga, coloquei em potes de mel.
Adociquei e a musiquei, compus e cozinhei, guardei lá.
Guardo como um tesouro, e abro sempre que posso.
As chaves dessa minha vida estão rodeadas de amigos e gente do bem.
Gente bem, de bem com a vida e com o que ela traz.
Não troco, não vendo e muito menos substituo.

Larissa Ferreira