terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Das pontes que eu criei


Acordei sorrindo lírios pelo quarto. Coração na boca. Afaguei o rosto, tentei dormir, enrolei e enrolei. 
Na verdade queria adiar, queria deixar pra lá ...
Mas sabe, os passarinhos cantaram na minha janela por toda a manhã. E eu sorri para eles.
Quis saber do mais. Quis correr me arrumar e ir pra escola, mas é que a escola já acabou. Uma quase lágrima surgiu.
Agradeci aos céus por isso, por ter começado de novo.
Agradeci por ter aprendido mais, muito mais que algumas lições, aprendi sobre a vida, limitações e o impossível.
Agradeci por ter criado pontes e não muros.
Os passarinhos continuaram lá, cantando lindo como sempre.
E eu lembrei de cada detalhe, então chorei.
Choro de criança feliz, choro de que não gostaria de deixar pra trás, choro de quem aceita.
Choro de quem assume que vai morrer de saudade, choro de saudade.
Uma quase saudade dói mais.
Mas eu agradeço.
Agradeço por quem esteve no meu caminho, por quem passou por ele e também por quem só quis olhar.
É, uma formatura... a última da escola.
Agradecimentos ? Tenho muitos, a todos, porque cada um teve seu papel fundamental e essencial.
Nada teria sido o mesmo sem a ajuda de cada um.
Agradeço, principalmente, por ter aproveitado e vivido intensamente todos os momentos.
Com o coração na mão, deixo um pedaço com cada um. 
Pra levaram aquilo de bom eu deixar, e com o pedaço de cada um montar um novo coração.
Repleto de balões, borboletas, amores e saudades.