E às vezes me encanto com essa contagem contagiante do tempo.
De tantas lembranças e sorrisos que ficam na memória. Tantos, tantos.
De quem fica e muitas vezes - a maioria delas - de quem vai.
Mas é porque há amor.
Há amor, se não, simplesmente não ficava.
Lembro bem que uma certa professora minha, no ensino fundamental me disse em relação aos meus delírios e descontroles de personalidade: - Você é normal, loucos são eles.
E houve amor, sempre teve amor ali.
Numa simples frase, que descreveu sem a menor dó, nem piedade, que Graças a Deus, eu sou normal, não mais um louca no meio de tantos.
Espero esse novo futuro, vivo tanto no presente, mas nunca, jamais me esqueço do passado.
Porque houve amor.
E onde há amor, não existe o esquecimento.
A falta é sentida, compreendida e (in)desejada.
E a gente sabe, sabe que fez tudo que tinha que fazer.
E sabe também que poderia ter feito tanta coisa.
Então, por amor, os loucos que me perdoem, mas gosto dessa minha normalidade imoral que incomoda a tantos.
Larissa Ferreira