Morena, pequena, magra.
Biografia na gaveta, música no olhar e um pote de purpurina pra quem vai passar.
Poucos amigos, pessoa seletiva.
É mágia, mulher, menina, que não se deixa abater.
Traços finos para uma moça.
Desconhecida, pequenina, ela anda.
Passa por entre corpos, multidões, quase sem ser notada.
Um olhar ou outro ela ganha, mas pra isso, nem precisa de campanha.
É só assim mesmo, se bobear ela se joga no mundo.
Pequena menina, moça, mulher.
Cintura de mola, elasticidade de bailarina, e o sorriso, mas ah, esse sorriso.
Oh, coisa mais linda.
Mas ela nem liga, põe a roupa curta e sai por aí.
Bateu em algumas portas, deixou um bocado de coisas suas espalhadas.
Mas agora, ela tá aqui rapaz, pequena e mais brilhante como nunca.
Tá aqui, e quer que você esteja aqui também.
Com uma alma de artista, ela exige sua existência pra viver.
Larissa Ferreira