E lá estava ela mais uma vez. Cabelos soltos, vestido amarrado e chinelos de dedos.
Abençoava em voz baixa sua beleza e inteligencia. Ela sabia muito bem do que era capaz e onde poderia chegar.
Cruzou os dedos, contou até três e fez um pedido pra estrela que passava na hora.
Não, ela não conseguia ser menos, nem demonstrar menos. Tinha que ser inteira.
E somente inteira sentia-se bem.
Também não era pra menos, tinha tanta gente que era menos e demonstrava ser mais.
Hipócritas, ela pensava, sorrindo deles.
Era um refletor de luz. Espalhadora de sorrisos e paz.
Era isso o que os amigos pensavam dela, era isso que gostavam nela.
Era isso que a fazia feliz.
Não porque pensavam bem, mas por causa do amor.
E bem, o amor dela era aquela luz, o que dava brilho e oxigênio ao seu corpo.
O coração palpitava não só no peito, mas no corpo todo.
Era por amor que ela sorria.
Porque apesar de nem sempre ser primavera, era pelos seus amores que ela vivia.
E a transparencia dela, era só uma consequência.
Larissa Ferreira.