Eu tento ao máximo, procuro em todos os cantos e vou fundo, e além bem mais além do que certos tipos de mortais. Busco no arco- íris se possível e até mesmo impossível.
Vou na estrelas ...
E busco, coloco o nariz, misturo um pouco dos oceanos, sei, entendo. Passeio pelo planeta, sinto os cheiros e os sabores, diferencio cada pedaço misturado e não me canso de procurar.
Viajo o universo.
Procuro em gestos, sorrisos, canções. Busco por cada coração, pelos inocentes e pecadores. Me infiltro no meio de toda a gente. Escalo montanhas, encaro tempestades, mas não desisto.
Corro.
Pulo muros e me encanto com paisagens. Tiro as mais variadas fotos, atrapalho e deixo que atrapalhem.
Bagunço os espaços, cato os pedaços, conheço corações.
Tenho fé !
Procuro um pouco mais perto de Deus. Lua. Sol. Vou no infinito.
Não, eu nunca consigo entender. É coisa de alma, de vidas passadas. Não sei bem o que é ... mas me busco.
Me busco nos retalhos, no lixos, em corações partidos, almas atormentadas e apaixonadas. Quero achar.
Mas sabe, às vezes é bom, viver de pedaços, não de restos, mas pedaços de si. Partes ainda não perdidas que te dão alguma razão, escondida em algum lugar. Interessante viver assim, do inacabado, de rascunhos do que se deveria ser.
E ser feliz com isso.
Por isso me perco, na totalidade de ser, já que o ser hoje é mal visto, mal amado, mal querido.
Então sou perdida em meio essa brutalidade de vida ...