quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Infinita highway ...


Sabe, garota, eu sinto muita pena de você. De verdade, eu sinto pena. Porque eu sinto pena de todo mundo que não sabe ser feliz. Sinto pena por aqueles que não sentem em seus corações a leveza de uma criança. Eu que chorei e senti tanto, mais tanto, hoje só olho distante e rezo pra coisas ficarem bem pra você. Pro teu coração se acalmar e o oxigênio voltar a correr em todo seu corpo. Garota, não se jogue demais. Esquece esse passado, ele não te pertence mais. Lembra quantas e quantas vezes você me repetiu isso ? Então, garota, se joga, vai pra frente, deixa disso. A vida tá ai brilhando pra muito mais.
Garota, você pode querer tudo, pode ter tudo, de verdade. Mas deixa em paz a gente que quer ser feliz com pouco, sentado numa praia qualquer olhando o pôr do sol e sonhando, sendo feliz. Tem gente que quer ser feliz assim. Grana, poder, tem aos montes por aí, é tão comum que chega doer. E só queremos ser feliz, eu sei, é incomum. Eu sei também, eles nunca foram capazes de te dar amor assim, mas se dê esse amor de presente. Mas não inveja quem tem...
Vai sendo feliz assim, aos poucos o tempo passa e o mundo gira. As feridas se fecham e a gente vai vivendo como se nada tivesse acontecido.
Beijo grande garota, essa estrada é longa e cheia de curvas, a gente se esbarra por ai, qualquer dia desses e eu te sorrio de longe, e espero não poder mais sentir pena de você.

Larissa Ferreira

domingo, 23 de setembro de 2012

Pro meu menino do bem ...


Acho que apesar de tudo, a gente não deve, por nada nesse mundo, deixar de fazer o bem. Eu sei, menino, eles vão querer te derrubar. Mas veja, não se iguale, seja melhor pra você, não se maltrate. Menino, a vida é um vento, um sopro bonito no final da tarde. Entende, menino, é essa a vida. Eu sei, eu conheço todas aquelas palavras, vai fazer muito frio, no inverno vai ter neve, vai ter gente falando, vai faltar guarda-chuva e tantas e tantas vezes vão nos faltar palavras. Mas lembra daquela noite menino ? Daquela noite que eu chorei, e disse que eu não sabia, porque não cabia nenhum ódio em mim e eu morria de medo, porque tava morrendo de felicidade. Porque eu morro de felicidade, meu coração não aguenta de tanto amor que fica aqui dentro. Eu sei, menino, eles tentaram muito, nos empurraram pro alto do penhasco, mas veja, olha que vista linda que temos daqui. Sim, eu tenho muito medo de cair daqui, mas se você segurar minha mão, nós vamos juntos. A gente chega junto nesse mar que eu não conheço. Se você pedir, menino, estaremos juntos. Menino, não se preocupe, faz o bem, faz mesmo, faz sem esperar nada, faz do teu coração. Abre os braços, dá um sorriso, e sinta toda essa energia fluindo. Agora vem e me abraça. Menino, eles não podem conosco. Você sabe bem, nas tardes de inverno, eu te esquento, te esquento com as minhas mãos pequenas e meu sorriso do tamanho do mundo, te esquento com tudo o que eu sinto por você. Então, menino, vem comigo, deixa eu te mostrar todo esse medo, desse chorar de tanta emoção por ver o azul do céu nas nossas tardes de mãos dadas.
Larissa Ferreira

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É porque sou brega mesmo




Acho que a gente esquece muito de sentir, a gente esquece demais de olhar melhor pras coisas, olhar de verdade, olhar tanto até os olhinhos brilharem e ficarmos totalmente apaixonados. O mundo tá esquecendo muito dessa coisa de ser feliz, tá insensível demais, tá sem verso e quase não tem mais poesia. Faz falta, sabia ? Uma palavra bonita, às vezes, faz muita falta. A gente esqueceu que ser brega é necessário pra viver um amor, porque o amor é brega mesmo, é essa coisa água e açúcar, mais um comédia romântica qualquer. Porque o amor é só mais um comédia. A gente tá levando o amor a sério demais, fazendo contrato e esquecendo de sentir, de olhar, olhar, olhar, olhar até os olhinhos fecharem de olhar e sonhar. Porque o mundo parou de sonhar faz tempo, e faz falta sonhar. A gente só quer crescer, ganhar dinheiro, ser feliz, uma carreira estável, uma vida perfeita numa bolha. A gente sempre esquece de viver, afinal, o tempo tá curto a grana é pouca, é muita coisa mesmo pra lembrar. Mas a gente só esquece do que é importante, a gente só sonha e não é feliz, só pensa, só pensa que é feliz, legal, descolado, moderno. Ah, eu sou brega, por Deus como eu sou brega, é que eu ainda acredito nessas bobagens de amor, desses amores que a gente ama a vida toda e não cansa nunca, não cansa porque nunca é perfeito, ai não cansa, é sempre uma novidade, sempre uma mudança brusca. Mas me deixa ser brega assim ?! É que eu acho que encontrei a felicidade e queria dividir com você.

Larissa Ferreira

domingo, 19 de agosto de 2012

Eu só queria te dizer ...



Eu te amo e eu só queria te falar isso. Só isso mesmo. Não esquece, eu te amo. Não vou repetir várias vezes ao dia, e bem talvez eu te trate mal o resto dele, mas não se preocupe eu vou te amar, a cada segundo do meu dia, eu vou te amar. Vou levar teu rosto na minha memória e todas as vezes em que eu me sentir sozinha, vou te procurar e me aquecer na tua pele morena e macia. Vou carregar teu coração dentro do meu, como naquele poema bonito, de um filme que eu esqueci o nome, mas é com uma atriz que você gosta. E eu vou te carregar na minha vida, que é pra quando as coisas ficarem pesadas demais, eu te pegar nos braços e esquecer de todo o mundo. Mas isso tudo, é só pra dizer que eu te amo, escreve, eu te amo !

Larissa Ferreira

quarta-feira, 15 de agosto de 2012




"Eu olho pra sua tatuagem e pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo. Me encho de esperança e nada. Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo.Mania de ser bom moço, coisa chata.
Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? (...)


E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca.
Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode.
Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora neguinho me trata mal e eu não deixo. Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar. Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Anos nos servindo de capacho, feliz da vida, e aí chega um desavisado com a coxa mais incrível do país e muda tudo. Até assoviando eu tô agora. Que desgraça.

(...)

Eita homem pra me beijar. Coisa chata.
Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz?
Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho. "


Tati Bernardi

terça-feira, 7 de agosto de 2012

De Clarissa ...


Tenho uma mania de achar que nada acontece por acaso. Talvez isso ainda me deixe louca, já que vivo esperando sinais. Não sei se você está me entendendo, é mesmo meio difícil de explicar, mas volta e meia penso assim puxa, será que isso vai mesmo dar certo? Se for pra dar, vai acontecer tal coisa e se acontecer tal coisa é porque é pra ser. Tá, eu sei que é coisa de gente doida, mas eu nunca disse que era totalmente certa. Quer saber? Até acho que um pouco de doideira faz bem. Não dá pra ser muito certinho, viver de uma forma muito correta, fazendo o bêabá do jeito que todo mundo disse. Eu sei o que quero pra mim. Além de brigar pelas coisas que quero, também tenho um pouco de sorte. Sei que sim. Sorte por ter no meu caminho pessoas que me dão apoio e estrutura. Porque a gente precisa disso quando o mundo tá desmanchando feito desenho na chuva. Acho que as pessoas surgem na vida da gente por algum motivo. Algumas nos ensinam, outras aprendem. É uma via de mão dupla. E penso o seguinte: se alguém aparece na minha vida e eu posso ajudar, ajudo. Acho que é obrigação. Não sou de desperdiçar oportunidades, talvez porque já tenha desperdiçado um punhado delas no passado. Hoje em dia o que aparece na minha frente eu agarro. Acho que se a gente tem condição de fazer algo não tem porque não fazer. É meu dever, entende? Não dá pra ficar parado vendo as coisas acontecerem, tem que agir. O mundo e as pessoas mudam muito rápido. Hoje quem você ama está aqui, amanhã pode não estar. Hoje você tem um emprego, amanhã pode não ter. Hoje você dormiu com a frase entalada na garganta, amanhã o dia nasce de outro jeito, com outra cara e a frase pode ficar perdida no meio do nada. Ou pode ser tarde demais. Acredito que todo mundo tem um poder. E a gente pode, sim, mudar as coisas. Me chame de idealista. De sonhadora. E de romântica. Sou tudo isso. Mas ainda acredito nas pessoas e nas mudanças. E toda mudança começa no fundinho de cada pessoa que quer realmente fazer alguma diferença. 

Clarissa Correa  <3 font="font">

terça-feira, 17 de julho de 2012

Ele mataria por mim



Você esfregou todas aquelas verdades na minha cara, e talvez, bem no fundo você realmente o amasse, o amasse tão profundamente que doeria em cada parte do meu ser. E talvez, ainda seja isso, eu tapo os buracos que um dia você deixou, cato os pedaços da alma que você pouco a pouco despeedaçou. Vadia imunda ! Eu te disse, eu avisei. E você fez questão de colocar na minha frente todos os erros profanados de um Santo que eu nunca conheci. E eu, pobre coitada, chorei. No fundo ele era seu brinquedo, você uma criança mimada, que sempre teve o que sempre quis. Minha querida, não desperdice suas tão queridas lágrimas, esse seu show barato já acabou. Veja, todas as cortinas se fecharam pra você, sua mascara caiu faz tempo, isso não te vale de mais nada. Pinte o Demônio e faça o parecer errados demais, mas já dizia minha vó, o mal é em você que há. O Demônio é só uma desculpa errônea, um jeito mais fácil de escapar. E se isso, talvez, bem talvez, você o amasse mais que a própria alma. Afinal, você disse que daria a vida por ele. Bem, ele mataria por mim.

Larissa Ferreira

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Periguetear ...





De onde vem, pra onde vão e o que buscam ninguém ainda sabe. Curiosos especulam, a moda torce o nariz e os mais céticos apenas passam longe. Sendo lá qual for o estudo, religião ou região, elas existem e no momento, mais vivas do que nunca. Piriguetes, periguetes, ou seja lá qual for o termo “ete” são empregados a elas. Se é certo ou errado, isso eu não sei, e pra mim não passam de algumas menininhas em busca de uma atenção a mais. Mesmo que de forma errada ou “sensual” demais, é bem isso, atenção. Mas quantos de nós também não querem atenção ? A busca da aceitação e ascensão social é grande, e mais ainda do amor. Você ser humano, enquanto está vivo está em busca do amor e nem adianta vir me dizer que não, é amor que todos queremos, em suas variadas formas. O que seria uma periguete, se assim me permitem dizer, de fato. Ainda não sei, mas se for pelas saias curtas, grandes decotes, cabelos longos, salto alto e maquiagem, então, me apresento como periguete, mas até onde isso abala minha vida emocional, e muito mais social ? Se ser periguete é ser independente e ter atitude que eu seja uma, afinal, acima de qualquer coisa, eu sou mulher também, oras. E pra eu ser independente e ter atitude não preciso de uma legião de homens ou comentários maldosos na rua. Ouvi outro dia que as tais são uma concorrência desleal com as outras mulheres, mortais, assim como eu, que não tem um corpo das “mulheres frutas” e dos modelos de beleza atuais, será mesmo ? Até que ponto os homens acham isso bonito, ou melhor, divertido. Lembro-me de uma das Crônicas da Martha Medeiros que dizia : “Não sei se os homens estão radiantes  com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos. Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade... emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. “. E talvez seja isso, ou talvez não, não sei. Meu convívio com os homens ainda me deixa de cabelo em pé, eu realmente não entendo como eles conseguem separar amor e sexo de uma maneira tão simples, e muitas vezes, ate banal, mas isso é assunto pra outro texto qualquer. Então, se querem saber minha opinião sobre as periguetes ? Bem, meus caros, não são concorrência maior ou menor, pelo menos na minha vida, se um homem chega perto de mim por conta do número do meu sutiã ou pela maneira em que meu quadril balança enquanto ando, melhor mesmo que nem chegue e me poupe tempo e trabalho de mandar mais um traste ir pastar. Que um homem se aproxime pelo meu sorriso ou pela forma que meu olhar é envolvente, esse sim merece minha atenção. Ouvir um “gostosa” na rua é até bom, quando se tem auto-estima baixa, quando precisa que alguém reafirme que você é bonita. Mulher bonita de verdade, não está a procura disso, não está a procura de um “gostosa” de um homem que nem sabe quem ela é. Deixe esses elogios pra “hora do vamos ver”, lá tudo é permitido. Quer me elogiar ? Me chame de linda, bonita e charmosa. A linha entre ser sexy e periguete, é essa. Me comparei com elas ? Com o maior prazer, talvez eu realmente seja uma e meu pensamento está totalmente equivocado. Mas no momento eu não deixo o tamanho da minha saia (que é curta) chamar mais atenção do que a minha inteligência.

Larissa Ferreira

terça-feira, 10 de julho de 2012

País das maravilhas


O mundo durante alguns anos me pareceu muito grande e cheio de gente, mas não é essa a verdade. O mundo é uma bolinha de gude e possui alguns tipos de pessoas bem interessantes, mas que bem no fundo, são as mesmas, e eu não tenho nenhum motivo para querer conhece-las, elas me cansam e doem a alma, porque são sempre tão iguais, sempre tem o mesmo discurso furado e vazio de sempre: "eu sou isso", "não sou aquilo", "faço isso", "nunca vou ser aquilo". Chatos. Gente chata e sem rumo, não sei quem sou, pra onde estou indo e como o farei, mas certamente o faço. Me recuso a ficar parada, esperando, reclamando, quero mais. Vou atrás. Tô com preguiça de gente sugando minha energia, levando minha vitalidade, felicidade. Tô com pavor de gente hipócrita, de mim, do que sou e do que ainda não conheço. E o mundo essa linda bolinha de gude azul ainda não parou pra me ver sorrir, os relógios não pararam quando dei meu primeiro beijo e minha primeira menstruação não foi mágica, eu nunca iluminei uma cidade com minha alegria e nunca toquei verdadeiramente alguém especial. Talvez eu seja bem diferente dessas pessoas todas iguais, parecem tão robóticas que me da vontade de chorar, não são, não fazem, não vão. Só ficam ali, se aproveitando da luz alheia pra vê se brilham um pouquinho. Se contentam em ser lua, eu hein. Não quero, prefiro ser estrela e por que não, o sol ? Quem vai me impedir, enquanto todos vão pelo lado possível, fácil e rápido, topo subir a barreira do impossível, me jogar no País das Maravilhas e conquistar o inconquistavel.

Larissa Ferreira

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um dia ...



Um dia você vai me ler, e perceber que entre linhas é de você que eu sinto falta, minha escrita é só uma fonte de distração e onde ponho você em todas as pequenas letras. Você nunca compreendeu essa minha mania de exagerar demais, dos meus dramas mexicanos e de minhas dores sem fim, porque eu sou feita assim. E eu nunca vou entender porque você sempre fugiu disso assim, sempre fugiu de mim sem dizer se ia voltar. Talvez, você realmente não fosse mais voltar. Mas um dia você vai me ler e nesse dia vai saber que eu não quero mais voltar.

Larissa Ferreira

quinta-feira, 5 de julho de 2012

E o tempo vai passar ...


" Uma hora ou outra o destino se ajeita, as coisas se acertam, o passado é esquecido, as dores cicatrizam. Quem tem que ficar fica, o que é verdadeiro permanece, e o que não é some. Não tenho pressa, não guardo mágoas, não desejo muito. Só espero, na minha. Aprendi a ser paciente. Aprendi a ouvir uma boa música quando a tristeza bater. Aprendi a ignorar o que me faz mal. Aprendi, sobretudo, a ter fé.
Fé de que, por mais difícil que seja, o universo sempre irá conspirar ao meu favor... "

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Me roubou o pensamento ...



Eu imagino nós dois daqui há 30, 40, 50 anos. Visualizo a cena de nós dois sentados na varanda da nossa casa. Estaríamos olhando os nossos netos correndo pelo quintal. Pegarei na sua mão, entrelaçarei os nossos dedos. Nossas mãos já vão estar enrugadinhas, os cabelos brancos já vão ter surgido. E os nossos filhos estariam na nossa casa em um dia de domingo pra visitar a gente. Imaginou? Porta-retratos estariam espalhados por toda a casa. Cada foto iria trazer a lembrança de um dia inesquecível. Teria a foto de quando nos encontramos. E mais fotos de quando éramos jovens, fazendo caretas, um mordendo o outro. Te dava apelidos, como ‘‘idiota, besta, irritante’’, mas no final eu sempre dizia o quanto eu te amava. Em outra foto estaria o dia do nosso casamento. Teria as fotos da festa, com toda a nossa família, e os nossos amigos reunidos em meio a uma bagunça. Nessas fotos, iria vim a lembrança do nosso primeiro dia casados, morando juntos. Nós dois iríamos pintar a casa, você escolheria uma cor que não me agradaria, mas mesmo assim deixaria você pintar. Sujaria de tinta a pontinha do seu nariz, depois o seu cabelo, o seu rosto e sua roupa. E você também iria me sujar. Correríamos pela casa toda se esquecendo do principal objetivo, que era pintar a nossa casa. Ficaríamos cansados, e como não havia todos os móveis ainda, deitaríamos no chão mesmo. Te beijaria, e diria que a melhor coisa da minha vida era você ter aparecido. Lembraríamos de quando éramos jovens e não sabíamos muita coisa da vida ainda. Éramos dois bobos, fazendo coisas de criança. Não costumávamos fazer comida, pedíamos comida japonesa quase todos os dias, e pizza toda sexta-feira. Dormíamos tarde, no sofá mesmo. Acordávamos mais tarde ainda, sem ficar se importando com compromissos. Fazíamos o que queríamos. Comeríamos brigadeiro na panela, fazíamos miojo, te sujava de sorvete e você ria. Às vezes ficávamos deitados na nossa cama, e pensávamos em ter um filho. Olharia para você depois de ver o próximo porta-retrato, que estava com o nosso primeiro filho. Dizia: Você se lembra desse dia? Iríamos recordar quando ficávamos noites em claro fazendo o nosso bebê dormir. Tinhas dias em que dormíamos no quarto do nosso filho, porque tínhamos passado a noite toda ali. Acabamos nos tornando três crianças. Pulávamos na cama, no sofá, assistimos desenhos, jogávamos pipoca um no outro. Lembraríamos da primeira festa do nosso filho, do primeiro dia na escola, e de ver ele crescendo cada dia mais. Olharíamos pra outro porta-retrato, veríamos o dia em que tivemos mais filhos, e que os nossos filhos tiveram os filhos deles. Perguntaria pra você: Lembra desse dia? Era o Natal em que passamos todos juntos, uma família grande em volta da mesa. Depois os nossos netos abrindo os presentes, e em cada um deles, abriam um sorriso. Meus olhos iriam brilhar ao lembrar de tudo isso. Iria ser a vida que tanto sonhamos juntos. E dizia pra você: Eu sempre imaginei isso, por que eu sempre amei você. E sempre vou amar.

 ( Desconheço a autoria)

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Logo volto, não se preocupem, meu coração ainda mora nesse lugar. Beijo grande e com gosto de maçã do amor para todos. 
Com todo carinho do mundo, Larissa Ferreira!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Quase


Eu quase te reinventei, pra poder quase te esquecer e conseguir quase viver outra vez. Porque em todos os inteiros da minha vida, os meios foram o que me restaram. Os meios de uma história que nunca foram inteiras. E que por mais que eu quisesse, ficou no meio, sem um final pra dizer que acabou, e eu só queria dizer que acabou. Quando acaba o coração dói menos, a cabeça aceita mais, mas não acabou. Ficou no meio, pra eu quase te reinventar, pra poder quase sobreviver.

Larissa Ferreira

domingo, 20 de maio de 2012

O texto mais bonito que eu já escrevi ...


Eu nunca te disse isso, embora realmente tenha pensado e sentido cada coisa como se fosse única, e de fato, foram. Deixei milhões de bilhetes escondidos pelo seu coração, pra que um dia se você se perdesse, eles o dariam o mapa de como voltar para mim. Você foi, de longe, a melhor pessoa que já passou por mim. E se eu te escrevo cada pequena palavra dessa, com lágrimas nos olhos, você deve entender muito bem, e se não, meus olhos te dirão, cada batida do meu coração vai te fazer entender. Parece clichê, e talvez, até seja, mas eu só queria te agradecer. Por tudo que és comigo. O sol na minha manhã nublada e que me sorri mesmo eu estando difícil, e você sabe, eu nunca fui tão fácil assim. Te oriento,  te rezo, te dou caminho, mas pra qualquer que seja a direção que você escolha, esteja certo de que irei com você, lado a lado, de mãos dadas e sem nunca soltar. E mesmo que não seja eterno, já que eterno é uma palavra complexa e leva a crer muitos outros lugares, espero que nos meus olhos você possa achar mais que alguém que esteve contigo, amorosamente falando, mas alguém que sempre torcerá e acompanhará suas vitórias e amparará teu choro. Obrigada por não me fazer mais uma, porque nos teus olhos, todos os dias, eu vejo isso. Não só por ti, mas através de outros olhares, aqueles que te admiram, e que como você sempre diz: Ela sabe que é definitiva. É que assim seja, definitivo, infinito e eterno.

Larissa Ferreira

terça-feira, 15 de maio de 2012

Taça de gelatina




Te dei o mundo inteiro numa bandeja, como quem serve um jantar aos reis. Mas você, carinhosamente, dispensou. Sentou-se ao lado de alguém que lhe serviu gelatina. E agora, e agora eu entendo, entendo tudo isso que se passou. Embora você pudesse se fartar em um jantar digno de rei, você achou melhor a ideia de viver simples, simples. Com uma pequena taça de gelatina nas mãos e com o sorriso em um outro coração.

Larissa Ferreira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pra terminar um filme de amor



Meu coração tremeu só de pensar que em algumas poucas horas, você estaria frente a frente. Seus olhos tão profundos, enfim, se encontrariam com o meu novamente. E provavelmente, muito provavelmente eu perderia o ar, como todas as outras vezes. Eu queria poder ser diferente dessa vez, queria poder ser aquela que não se importasse e fizesse a mesma coisa que sempre fala, mas nunca conseguiria, porque quando esses olhos castanhos profundos me olham firme, o mundo para e todo mundo pede uma cena final, um beijo qualquer pra terminar um filme de amor. 
Larissa Ferreira

terça-feira, 24 de abril de 2012

Eu nunca te escrevi uma carta de amor



Eu nunca te escrevi uma carta de amor, e acho que essa é minha magoa, eu nunca te escrevi uma porcaria de carta de amor. Você nunca vai saber, porque eu nunca te escrevi. Nunca expus com todas as letras, todas as malditas letras, que eu te amo, e você nunca vai saber disso, porque eu nunca te escrevi isso também. Você é meio raio de sol, quando o mundo desaba é pra você que eu quero correr, sentir seus dedos no meu cabelo bagunçado, minha cara marcada de maquiagem. E você nunca soube disso também. Na verdade, eu nunca fui nem forte o suficiente pra enxer sua cara com essas verdades, nunca fui corajosa pra falar bem na sua frente isso tudo. Nunca tive. Você é o cara mais legal que eu conheci, o mais louco e que transa do melhor jeito. Me diz ? Quantas vezes você já ouviu isso ? De mim, nenhuma. Diferente de todas as putas que passaram pela sua cama antes, eu não tive saco o suficiente pra te falar isso. É que eu quis te falar tanta coisa, assim, de uma vez. E acho que você ainda não entendeu toda a problemática do nosso caso. Eu não acho as palavras. Eu não consigo achar as porras de todas as palavras que eu queria te dizer, e talvez, bem talvez, você me odeie por isso. Eu que sempre escrevi, sempre tive todas as palavras do mundo, nunca em todo nosso romance, consegui te escrever uma carta de amor. Uma carta de amor decente e sem erros, que eu tanto quis te dar. Mas me faltam todas as palavras, quando se trata de você. Sempre que se trata de você, eu não sei dizer. É como se eu vomitasse um pouco do meu coração quando me perguntam sobre você. Eu soo fraca, sensível demais, ingênua demais, boba demais. Porque é bem isso, nunca vou conseguir  te escrever uma carta de amor, mas se você quiser, eu escrevo um "EU TE AMO" bem grande na janela do seu quarto, pra todos os dias que você for abrir, lembrar que seu sol, também sou eu.

Larissa Ferreira

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Esclarecendo.



O mundo tá girando muito rápido pra mim, em mais uma volta louca de 180ª. Tô resolvendo algumas coisas, reorganizando encaixes e revendo propósitos. Acho que depois de quase 3 anos de blog, vocês entendem minha vontade por mudança. Uma questão que muito me incomodava já foi resolvida, ainda faltam algumas, mas o caminho já está meio andado. Minha faculdade me deixa de cabelo em pé e um quase noivado, incerto. Então eu acho que isso, tenho meio milhão de texto e nenhum tempo pra postar. Mas nunca esqueço, nunca. Assim que eu puder, estarei por aqui.
Obrigada pelo carinho, reconhecimento e e-mails recebidos, vocês são meus anjos.
Um beijo ENORME, Larissa Ferreira. <3

quinta-feira, 29 de março de 2012

Do que escrever



Acho que enfim eu consegui entender o que é ser escritora. Essa coisa de acordar as 7 horas da manhã, num dia frio, só porque a garganta tá doendo de não poder falar o que quer. É essa coisa de não conseguir guardar o que sente, e acho que ser escritora é bem isso mesmo.
Eu lutei com unhas e dentes pra não me transformar em uma, só ser mais uma menina que escreve bilhetes doces pros namoradinhos e amigas intimas, mas não é isso, é bem mais.
Porque escrever pra mim já não é alguns versinhos bobos e bonitinhos que rimem, é poder falar de sentimentos que eu ainda não sei explicar, é amar as palavras assim como se ama a chuva, mesmo que elas sumam às vezes.
Escrever é chupar uma bala doce quando tudo desmorona e você precisa lembrar de um jeito muito estranho de que a vida é 
doce também, porque sem doce, ela não valeria a pena. É comer um chocolate por pura carência e birra, de que "eu-não-preciso-dele-pra-ser-feliz", mas você é, sabe que é.
Escrever é bem assim, dizer meia dúzia de palavras e apagar tudo depois, porque publicar tem mais a ver com perfeição, e sentimentos tem que ser perfeitas incógnitas, mesmo que não sejam resolvidas depois.
Agora, depois de 5 anos escrevendo milhões de coisas, sobre todos os assuntos do mundo, 2 anos de blog, acho que peguei essa coisa de ESCREVER, de fantasiar alguns versos e não saber o que se está dizendo, porque é o que se sente e quantas pessoas sabem o que sentem ?
Essa é a grande brincadeira, você não sabe, ninguém sabe, cada um interpreta de um jeito e fica por isso mesmo, traçando linhas tortas e esperando fielmente, que um dia, tudo se cruze e faça sentido.

Larissa Ferreira

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu quis.




Eu te escrevi milhões de textos e nunca te enviei nenhum, ao contrário, escondi todos, como se fosse algo feio ou errado. Feio nunca foi, errado talvez, mas nunca maldoso. Não foi minha culpa, nunca foi. Mas se eu tivesse que me apaixonar de novo, certamente seria por você. O único que encantou meus olhos e meu coração, e eu nunca te esqueci completamente. E isso sim, foi um erro.
Quis te enviar cartas, telefonar e implorar pra você ficar por perto e olhar fundo nos meus olhos. Quis que enxergasse que o coração que pulsa por você estava dentro de mim, que o que te faltava era eu. Eu quis te dizer que tudo aquilo que passou foi disfarce, puro disfarce e o que eu sentia por você era tão mais intenso e imenso, e que nunca o que passou iria se comparar. Nada nesse mundo vai se comparar ao seu sorriso quando me viu pela primeira vez. Nunca vai se comparar ao nosso primeiro beijo, destranbelhado, embarasosso, curioso, delicioso. E eu só queria te dizer isso, que eu nunca esqueci, nem por um minuto que fosse, nunca esqueci tudo que você foi na minha vida inteira somente por alguns minutos.

Larissa Ferreira

sábado, 17 de março de 2012

Diva :*



Preciso admitir, sou anti-social. Muito irônica, um pouco grossa e de vez em quando meiga. Gosto do meu lado apaixonada, mas quase nunca aparece. E meu lado safada chega a me assustar, mas quem não tem? Protetora e ciumenta ao extremo. Tenho um gênio difícil e um temperamento forte. Às vezes barraqueira, outras vezes calma até demais. Dura como pedra e frágil como vidro. Um poço de orgulho. E mais conhecida como a rainha dos dramas. É, essa sou eu. E sabe de uma coisa? Ainda tem gente que gosta.

Desconheço a autoria.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sobre novembro ...



Eu não deveria ter deixado você ir, pouco importa se ainda era cedo demais, antes muito cedo, do que muito tarde. Eu já poderia prever todo o sofrimento que viria depois, porque só eu sei o quanto doeu. Só eu sei o quanto chorei e precisei respirar fundo pra não perder o ar. E quantas vezes eu o perdi.

Larissa Ferreira

domingo, 11 de março de 2012

Te proíbo da infelicidade ...


Então, venho por meio deste pequeno texto te proibir.
Te proíbo infelicidade. Proíbo tudo aquilo que te faça mal.
Te proíbo de cantar músicas tristes, ouvir sons irrelevantes.
Te proíbo de me esquecer.
Te proíbo de ouvir reggae sem lembrar do meu sorriso. Ou da forma que você me faz sentir.
Te proíbo de não pensar em coisas boas, e quero que sinta ciúmes de mim, às vezes.
Te proíbo silêncio quando deveria sorrir.
Te proíbo não sorrir.
Sorria, sorria sempre, sempre seja sorridente.
Seu sorriso ilumina todo esse mundo, e você nem sabe, mesmo que todo esse mundo, seja somente eu.
Mas eu te proíbo a tristeza, te proíbo as lágrimas e palavras mal-ditas !
Te proíbo de mal-humor nos dias indelicados.
E te proíbo palavrões quando se falar de seus amores.
Te proíbo de não pensar nos seus antigos amores, foram eles que te trouxeram até mim, pense neles também.
Te proíbo esquecer o significado que tens, que pra mim, ah, é muito, meu querido.
Te proíbo de esquecer que sua vida é além, muito além do que você pensa. E sim, você sempre vai ter uma grande oportunidade de crescer.
Mais e mais.
Te proíbo de esquecer que te amo, e sempre vai estar comigo.
Te proíbo a infelicidade do meu lado.

Larissa Ferreira

Minha criança, minha joia, minha vida, meu amor.  - Forfun

quarta-feira, 7 de março de 2012

Das minhas chaves ...


As chaves da minha vida estão por aí escondidas.
Estão em conversas alegres, sorrisos espontâneos e no meio de algum livro antigo.
Elas estão guardadas em cofres iluminados e em cima das macieiras mais bonitas.
Levei-as para bem distante do que amarga, coloquei em potes de mel.
Adociquei e a musiquei, compus e cozinhei, guardei lá.
Guardo como um tesouro, e abro sempre que posso.
As chaves dessa minha vida estão rodeadas de amigos e gente do bem.
Gente bem, de bem com a vida e com o que ela traz.
Não troco, não vendo e muito menos substituo.

Larissa Ferreira

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Eu não desisti.


Não desisti de mim por ninguém.
Não desisti de ser feliz por uma meia dúzia que quer me ver chorar.
Não desisti de escreve por alguns que odeiam meus bilhetes.
Não desisti de viver pra agradar uma maioria.
Sou idiota, falante, brincalhona, se isso faz de mim criança, que seja.
Antes uma criança sorridente do que um adulto imbecil.
Uma criança que dá gargalhada, chora até ficar com os olhos inchados, mas se expressa, não tem vergonha dos seus sentimentos.
Ser um adulto frustrado, agora é moda.
Seja infeliz, tenha uma história de triste dura e deseje mal para os idiotas sorridentes.
Desculpa, sou uma fora da lei.
Usei minha história pra fazer algo a mais, pra poder virar algo bem mais doce.
Não uso desculpas pra nada.
Sou isso e pronto, e se não gostou, a porta está aberta e um beijo. :*

Larissa Ferreira

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sobre o amor e outras coisas ...



Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.
Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.
Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros, embora costumem ser justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.
É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.
Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.
Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.
Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.
Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.
Ana Jácomo

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Diz ...



Eu pensei, repensei, criei, vivi, formatei e deletei milhões de expectativas, textos e demorei quase 20 anos pra aprender, que quem ama cuida, guarda, protege...
Demorei tempo demais e aprendi que casais perfeitos não combinam em tudo, não falam muito e nem brigam tanto.
Que intimidade, a gente ganha no olhar.
E gente que se ama, é assim mesmo, olha e diz, diz olhando... olhos dizem.
Então, a gente nem precisa falar muito, é só olhar.
A gente conversa tanto, diz tanta coisa, mas às vezes nenhuma palavra é pronunciada antes de beijar.

Larissa Ferreira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Morada


~
Faço de mim casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria
Me cerco de boas intenções
E amigos de nobres corações
Que sopram e abrem portões com chaves que não se copiam
Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante
Não julgar ninguém e com isso ser mais feliz
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo
Faço de mim, parte do segredo do universo
Junto a toda as outras coisas
As quais admiro e converso
Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não possuir
Encontram-se a paz e a calma
E sigo por ai viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros pra seguir ... 

Forfun - Morada

Meu mantra, de todos os dias ruins e que a calma não se faz presente. Me traz a paz e me da a intuição, me faz ouvir cada batida do meu coração.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

18 anos


Dizem que pra aprendermos algo temos que viver no mínimo, 40 anos. Eu acho que não, pra aprendermos algo temos que viver uma vida toda.
De qualquer forma, tenho feito minhas observações.
Em 18 anos aprendi, que não adianta, ninguém vai mudar por você, as pessoas mudam por amor, somente.
É muito mais fácil encontrar alguém que te odeie pelo seu jeito, do que alguém que te ame por isso.
Pessoas vão te amar e você vai magoa-las, e vice versa. É assim mesmo.
Somos seres humanos, e não faz sentido nos separarmos em raças.
Não adianta você implorar por amor, as pessoas só vão sentir pena de você.
Não adianta você querer um homem, você tem que pedir por companhia. Homem é muito fácil de achar.
Com 18 anos, você, de fato, ainda é uma criança.
Nunca cresça muito, mantenha a chama da inocência acessa em seu coração.
Se por um acaso, seu namorado for mais velho do que você, todos os amigos dele, vão te achar uma ninfetinha louca por sexo. rs
Deus existe, está em todos os lugares e você sente a sua presença em todos os momentos. O diabo também existe, e você querendo ou não, vai dar de cara com ele, às vezes.
Pessoas vão te derrubar, só pra se sentirem superiores a você.
E não importa, quantas e tantas vezes você pedir, o amor, só vai aparecer quando for a hora certa.
E não, não existe pessoa certa na hora errada, o que for pra ser, vai ser e acabou.
Homens vão mentir, não importa o quão maravilhosos sejam.
Pessoas que você ama, inevitavelmente, vão de machucar. Como você, elas também são feitas de carne e osso.
Uma festa com seus melhores amigos cai bem melhor do que uma balada com muitas pessoas desconhecidas.
Que pra você ser mulher, não precisa do salto mais alto, 20 quilos de maquiagem e nem muito brilho na roupa, você só tem que ser você.
Depois de curtos 18 anos aprendi, que você sempre vai agradar alguém e desagradar um monte. Mas que não importa quem você desagrada, mas quem te ama, esses sim, você deve dar valor, muito valor.

Larissa Ferreira

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dos homens que passaram aqui.


De todos os homens que passaram por mim. O único que marcou passado, presente e futuro foi você. De amores, desamores e alguns ódios. Disputas e ciúmes. Esse foi você na minha vida.
De 10, 8 eram pensamentos em você. Mas aí, eu mudei, você percebeu e me mandou ir. Embora toda a minha felicidade se concretizasse em seus olhos, e você também nunca soube disso, e eu nunca vou te contar também.
Eu nunca vou te contar muitas coisas, sobre os sonhos que tive, as vitórias e amigos felizes. Nunca mais vou te contar.
Mas todas as vezes que o destino vira na próxima esquina, lá está você, cruzando minha vida, na outra calçada, bem vestido, aperto no peito e mais alguma amiga bonitinha do momento. Porque eu sempre te conheci além, e você, sempre foi de momento. Meu momento feliz, minha tarde perfeita e um par de óculos que eu nunca mais esqueci.
Eu sempre esqueço, sempre deixo pra lá, minha vida ? Vai bem, obrigada. Mas aí, eu sonho com você, e que droga ! Lá vem você de novo, esse lenga-lenga, essa conversa mole, esses olhos cintilantes. Que droga ! Que droga !
E é isso que é você, de todos os homens, o único que eu faço questão de nunca esquecer.

Larissa Ferreira

domingo, 8 de janeiro de 2012

Me namora ?

~
Pois então, me namore.
Me namore na brisa de verão, em meio as flores da primavera, nas folhas do outro e no frio do inverno.
Me namore nas praças quentes, nos parques lotados e nos dias ensolarados.
Me namore nos jardins e nas cidades.
Me namore perto e longe.
Me namore...
Me namore pelos olhos e termine na minha boca.
Me namore em beijos, abraços e apertos.
Só me namore.
Só esteja, só seja.
Só venha, só me queira.

Larissa Ferreira <3 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Da fé, paz e felicidade


Em um horizonte, pouco distante, eu observei como as coisas na verdade são lindas.
Desejei só uma pequena coisa: ser feliz.
Ter fé pra ser feliz.
Eu que já pedi tanto, já quis TANTAS coisas.
Hoje, quero só paz, tranquilidade e felicidade.
Só quero uma casa bonitinha, com alguns cães e alguém pra me dar a mão.
Ser feliz do modo mais simples.
Ser feliz com o que há de mais bonito, com um coração onde eu possa suportar todas as alegrias e dores de ser quem eu sou.
Não que eu não suporte, só para aceitá-las melhor.
Porque na verdade, eu sinto um orgulho absurdo de ser assim.
Mas eu só quero ter fé, ter fé e ser feliz.
Meia dúzia de amigos, um abraço apertado, beijo molhado e lambidas de cachorros.
Só isso que eu realmente preciso pra ser feliz.

Larissa Ferreira