terça-feira, 17 de julho de 2012

Ele mataria por mim



Você esfregou todas aquelas verdades na minha cara, e talvez, bem no fundo você realmente o amasse, o amasse tão profundamente que doeria em cada parte do meu ser. E talvez, ainda seja isso, eu tapo os buracos que um dia você deixou, cato os pedaços da alma que você pouco a pouco despeedaçou. Vadia imunda ! Eu te disse, eu avisei. E você fez questão de colocar na minha frente todos os erros profanados de um Santo que eu nunca conheci. E eu, pobre coitada, chorei. No fundo ele era seu brinquedo, você uma criança mimada, que sempre teve o que sempre quis. Minha querida, não desperdice suas tão queridas lágrimas, esse seu show barato já acabou. Veja, todas as cortinas se fecharam pra você, sua mascara caiu faz tempo, isso não te vale de mais nada. Pinte o Demônio e faça o parecer errados demais, mas já dizia minha vó, o mal é em você que há. O Demônio é só uma desculpa errônea, um jeito mais fácil de escapar. E se isso, talvez, bem talvez, você o amasse mais que a própria alma. Afinal, você disse que daria a vida por ele. Bem, ele mataria por mim.

Larissa Ferreira