Você esfregou todas aquelas verdades na minha cara, e talvez, bem no
fundo você realmente o amasse, o amasse tão profundamente que doeria em cada
parte do meu ser. E talvez, ainda seja isso, eu tapo os buracos que um dia você
deixou, cato os pedaços da alma que você pouco a pouco despeedaçou. Vadia
imunda ! Eu te disse, eu avisei. E você fez questão de colocar na minha frente
todos os erros profanados de um Santo que eu nunca conheci. E eu, pobre
coitada, chorei. No fundo ele era seu brinquedo, você uma criança mimada, que
sempre teve o que sempre quis. Minha querida, não desperdice suas tão queridas
lágrimas, esse seu show barato já acabou. Veja, todas as cortinas se fecharam
pra você, sua mascara caiu faz tempo, isso não te vale de mais nada. Pinte o
Demônio e faça o parecer errados demais, mas já dizia minha vó, o mal é em você
que há. O Demônio é só uma desculpa errônea, um jeito mais fácil de escapar. E
se isso, talvez, bem talvez, você o amasse mais que a própria alma. Afinal,
você disse que daria a vida por ele. Bem, ele mataria por mim.
Larissa Ferreira